sábado, 28 de novembro de 2009

Índia se dispõe a "objetivo ambicioso" para redução de emissões


Nova Délhi, 28 nov (EFE).- O Governo indiano se declarou hoje disposto a assinar um "objetivo global ambicioso" para a redução de emissões de gases do efeito estufa, mas condicionou esse passo a um "paradigma que divida a carga" entre os diferentes países.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, em discurso pronunciado durante uma reunião de chefes de Governo da Comunidade Britânica (Commonwealth) em Trinidad e Tobago, e divulgado na Índia pelo escritório do líder.
A apenas dez dias para o começo da cúpula da ONU sobre o clima na cidade dinamarquesa de Copenhague, a Índia não anunciou nenhum corte preciso de suas emissões, ao contrário dos Estados Unidos, União Europeia, China e Rússia.
No entanto, Singh pediu durante seu discurso uma resposta "global e de colaboração" para conseguir dessa próxima cúpula um resultado "integral, ponderado e equitativo".
"O mais importante desde nossa perspectiva é a necessidade de garantir um resultado equitativo que corresponda ao princípio de responsabilidades e capacidades comuns, mas diferentes".
Até agora, a Índia se negou a aceitar cortes em suas emissões, alegando a necessidade de sair da pobreza e que os maiores responsáveis pelo aquecimento global foram os países ricos, aos quais pede transferências tecnológicas.
"A mudança climática está se transformando no pretexto para seguir políticas protecionistas com um rótulo verde. A Índia e outros países em desenvolvimento se oporão a isso com firmeza", criticou o primeiro-ministro da Índia.
O país aprovou um plano de ação nacional sobre mudança climática que insiste em medidas de mitigação de emissões, mas Singh afirmou que a Índia "pode certamente fazer mais" se existir um regime global de apoio.
Em 19 de novembro, o ministro do Meio Ambiente indiano, Jairam Ramesh, descartou que a Índia aceite em Copenhague cortes taxados e legalmente vinculativos, mas a imprensa indiana afirma que o país prevê reduções de entre 20% e 25%.
A cúpula sobre mudança climática em Copenhague acontecerá entre os dias 7 e 18 de dezembro. EFE


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