sábado, 12 de dezembro de 2009

Novos materiais podem ajudar na captura de carbono

Pesquisadores dizem ter criado novo material capaz de absorver dióxido de carbono de forma mais eficaz que métodos utilizados atualmente (Foto: Kevin Riddell/The New York Times)

Químicos da Universidade da Califórnia criaram material chamado MOF.Material é composto por estrutura metal-orgânica capaz de absorver o gás.


Do 'New York Times'


Para sequestrar dióxido de carbono (CO2) como parte de qualquer estratégia de suavização da mudança climática, o gás precisa primeiro ser capturado da chaminé de uma usina de energia, ou outra fonte. O próximo passo é igualmente importante. O CO2 deve ser liberado do local onde foi capturado, para que possa ser bombeado para abaixo da terra, ou armazenado para longo prazo. De um ponto de vista de energia, esse segundo passo pode ser muito caro. Os materiais atualmente usados para capturar CO2 precisam ser aquecidos para liberar o gás. Porém, químicos da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, dizem que uma nova classe de materiais desenvolvida por eles, chamada estrutura metal-orgânica, ou MOF (da sigla em Inglês), promete ajudar a captura do carbono.

Num artigo publicado em "The Proceedings of the National Academy of Sciences", Omar M. Yaghi e colegas descrevem o desempenho de um MOF, que, segundo eles, pode liberar a maior parte do CO2 capturado a temperatura ambiente. Yaghi descreve uma estrutura metal-orgânica como uma “esponja cristalina”, um reticulado híbrido de compostos orgânicos e átomos metálicos que possui uma enorme área de superfície interna – onde as moléculas de gás podem ser absorvidas.


O MOF usado no estudo contém átomos de magnésio, “que criam exatamente o ambiente correto para unir dióxido de carbono”, disse ele
Em experimentos, o material separou o CO2 enquanto permitia a passagem do metano. O que foi realmente surpreendente, entretanto, é que 87% do CO2 pôde ser liberado em temperatura ambiente.

E, se desejado, os 13% restantes poderiam ser liberados numa temperatura de 80 graus Celsius – muito abaixo das temperaturas exigidas atualmente.


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